Redação: O maior lucro obtido com a automação justifica o aumento do desemprego?
Atualmente, o mundo passa por uma grande mudança que é resultante dos avanços tecnológicos da sociedade. Máquinas aos poucos se tornam mais produtivas que o homem, e também mais baratas. A discussão sobre a função das empresas na sociedade se torna vital. Além disso, como a ética e a moral devem elucidar essas discussões para que ideologias liberais extremas não prejudiquem o desenvolvimento humano das populações?
Primeiramente, é prudente tratar da função das empresas na sociedade à luz da Filosofia. John Rawls diz que empresas devem respeitar a igualdade de oportunidades, contribuir para melhorar a situação dos menos favorecidos, e operar eticamente. Amartya Sen, diz que empresas devem ser agentes do desenvolvimento humano, e que o trabalho deve permitir que as pessoas se desenvolvam como sujeitos, e não apenas sobrevivam.
Sam Altman, CEO da OpenAI, disse em entrevista que a Inteligência Artificial será capaz de realizar todo o trabalho humano, braçal e intelectual, num futuro próximo. Se a sociedade enxergar empresas como agentes que auxiliam no desenvolvimento humano, o lucro não justificaria o desemprego. Entretanto, existem as correntes filosóficas mais liberais que apoiam a troca da mão de obra humana em detrimento do lucro potencializado.
Desta forma, cabe ao Estado assegurar os direitos fundamentais estabelecidos pela Constituição Nacional de 1988. O trabalho e a dignidade de existência, devem ser preservados por meio de articulações políticas, criação de leis e alinhamento entre os poderes, para que seja possível aliar os interesses econômicos das empresas, com a manutenção do bem-estar da população. Afinal, se o equilibro não for encontrado pela utilização do bom senso, os impactos na vida da população poderão ser disruptivos.
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